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VEREADORA SONIA MEIRE DENUNCIA SITUAÇÃO DA CAPITAL DURANTE AS CHUVAS

Mais de 70 mm de chuvas foram registrados em Aracaju na semana passada, e com isso diversos transtornos espalhados por todas as zonas da cidade. A vereadora Sonia Meire recebeu diferentes relatos de alagamentos de ruas e canais em diferentes bairros, assim como a própria, que passou por lugares completamente alagados, onde a água chegava a entrar em diversos automóveis na região do bairro São José. O problema provocado pelas chuvas é antigo na capital aracajuana e os planos de contingência realizados pela Prefeitura Municipal de Aracaju não tem dado conta das necessidades da população.

“Já era esperado que em algum momento as chuvas iriam chegar na nossa capital por conta do calor intenso. O índice pluviométrico foi muito alto e nós recebemos vídeos de diferentes zonas da cidade. A população que reside em morros e encostas está sob risco, e desde o ano passado que a gente vem fazendo um apelo à prefeitura municipal para olhar para essa população. É preciso medidas urgentes, com um planejamento de drenagem para todas as áreas que estão ficando alagadas”, disse a vereadora.

Em janeiro deste ano a Prefeitura Municipal de Aracaju se reuniu para alinhar um Plano de Contingência do município para o período chuvoso de 2024. A própria gestão, através do Secretário da Defesa Civil, admitiu que já esperava chuvas acima da média histórica para a cidade, no que abrange os meses de abril, maio, junho e julho. Mesmo assim poucas medidas preventivas foram adotadas, o que é comprovado pelos diversos pontos de alagamento por toda Aracaju.

A gestão afirmou ainda que executa através de seus órgãos, um trabalho preventivo de limpeza de canais, desobstrução de bocas de lobo e limpeza de vias públicas de forma geral, porém o que foi observado pela população na manhã desta quinta-feira foram ruas sem a drenagem necessária, com diversos lixos e entulhos obstruindo bueiros e canteiros.

“Algumas ocorrências foram registradas pela Defesa Civil e os vídeos dos transtornos não param de circular. É necessária uma reflexão profunda de como a cidade de Aracaju cresceu, quantas lagoas foram soterradas e quantas construções foram autorizadas retirando a condição de drenagem do solo. As desobstruções de esgotos e a limpeza de canais são essenciais e permanentes, mas são paliativos. Para buscar uma solução é urgente um projeto de recuperação de lagoas em áreas urbanas, pavimentação permeável, aumento de áreas verdes, ao contrário do que é feito pela prefeitura que cimenta toda e qualquer área de praça pública e, ainda corta árvores para depois fazer um replantio, lento e sem recuperação da flora existente”, completou Sonia Meire.

A cidade do futuro proposta pela gestão de Edvaldo Nogueira não teve nenhum compromisso com o meio ambiente e com a vida. Apenas importou construções e o lucro dos grandes empresários, e agora coloca a culpa no alto índice pluviométrico. A destruição ambiental não começou nessa gestão, mas houve essa preocupação no atual governo? Onde e quando o poder público terá como preocupação central o meio ambiente? Qual o projeto de drenagem nessa última década? Qual o projeto para despoluição dos rios que cortam nossa cidade? E o aterramento do mangue? São perguntas que a vereadora faz em mais um ano em que alagamentos e inundações podem ocorrer.

Medidas podem ser tomadas, mas é necessário vontade política e estruturação de um Plano Diretor em que se priorize as pessoas e sua relação com a reestruturação de um ambiente justo e equilibrado. A crise climática existe e já chegou para todo mundo, mas os mais pobres são os que mais sofrem, pois a estes não tem o direito a moradia, saneamento, saúde, educação, acesso a água potável, dentre outros. Basta de mercantilização da vida e de destruição.

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