Nesta quinta-feira, dia 14, as mortes de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes completam 06 anos. E a pergunta que a vereadora Sonia Meire e a população continua fazendo é: “Quem Mandou Matar Marielle?”. O desfecho do caso ainda não aconteceu, e apesar das investigações e algumas prisões, o mandate ou os mandantes do crime continuam impunes.
“São 06 anos de espera para que a Justiça diga para população, para a família de Marielle, para o PSOL, quem mandou matar Marielle. Executá-la foi a tentativa de calar a voz das mulheres, da mulher negra da periferia. Mas o luto se transformou em luta, e nós não vamos no calar e continuaremos perguntando quem são os mandantes dos assassinatos”, destacou a vereadora Sonia Meire.
Marielle Franco, uma mulher, negra, mãe, da favela da Maré, socióloga com mestrado em Administração Pública, foi eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Sendo a 5ª mais votada no município do Rio de Janeiro com 46.502 votos, ela também foi Presidente da Comissão da Mulher da Câmara.
A ex-vereadora e o motorista, Anderson Pedro Gomes, foram assassinados dentro de um carro, na região central da cidade do Rio de Janeiro, enquanto voltavam de um evento no bairro da Lapa, no dia 14 de março de 2018. De acordo com as informações da polícia, outro carro ficou emparelhado com o da vereadora, de onde saíram os disparos. Seis anos depois, a polícia ainda não identificou os mandantes do crime e também não se sabe qual teria sido o motivo dos assassinatos.
As investigações da Polícia Civil e do Ministério Público revelaram, um ano depois do crime, que o autor dos disparos foi o ex-policial militar Ronnie Lessa. Outro acusado é o também ex-policial Élcio Vieira de Queiroz, que dirigiu o carro usado no atentado. Ano passado, Élcio firmou um acordo de delação premiada e confessou sua participação no crime, além de confirmar Ronnie Lessa como o autor dos disparos. No fim de dezembro, Ronnie Lessa firmou seu próprio acordo de delação premiada com a Polícia Federal e assumiu ter matado os dois. Os acusados estão presos no sistema penitenciário federal e aguardam julgamento por júri popular, ainda sem data marcada.
A vereadora Sonia Meire destaca ainda que Marielle foi executada em um estado onde as milícias tomam conta e que o desgoverno anterior teve interesse para que não houvesse avanços na investigação. “Nós sabemos que já está chegando ao final do processo e em mais um 14 de março pedimos que ele seja acelerado, porque a sociedade, as mulheres e família dela querem saber quem foi o mandate. Por justiça, vamos continuar pedindo a urgência das respostas, para que possamos combater toda e qualquer violência política, racista, misógina, e a injustiça social.”, completou Sonia Meire.