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No Dia Nacional de Luta Antimanicomial, a vereadora Sonia Meire cobrou políticas públicas para a saúde mental

Arthur Bispo do Rosário foi um artista plástico sergipano, conhecido pela magnitude de sua arte: ao longo dos seus 78 anos, produziu mais de 1500 obras a partir de diferentes técnicas, com destaque para a costura e bordado em tecido, em formas de fardões e estandartes. O conjunto de obras do sergipano nascido no município de Japaratuba foi tombado em 1994 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e pode ser admirada no Museu Bispo do Rosario Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro (RJ).

Infelizmente, Arthur Bispo também ficou conhecido a partir de diversos episódios em que sofreu com internações psiquiátricas, devido ao seu quadro de esquizofrenia. A história de Arthur Bispo serviu de inspiração para a vereadora Professora Sonia Meire na manhã desta quinta, 18, Dia Nacional de Luta Antimanicomial, para destacar a importância das políticas públicas voltadas à saúde mental.

“A perspectiva da privação de liberdade para a garantia de direitos, do qual Arthur Bispo do Rosário foi vítima, precisa ser rompida. O nosso papel nessa luta que fazemos todos os dias é para garantir recursos públicos, um fundo público nacional para garantir o tratamento das pessoas com transtornos mentais. Por isso, fazemos um apelo aos deputados federais, ao governo federal, pela criação de leis nesse sentido. E cabe a nós aqui na Câmara Municipal também defender orçamento público para a assistência social. Se nós não invertermos a prioridade do atendimento público, não vamos de fato combater o grande problema que aflige a maior parte das famílias brasileiras, inclusive as nossas. Nós não estamos isentos disso”, destacou a vereadora Sonia Meire após exibir um vídeo sobre a história de Arthur Bispo do Rosário.

A vereadora também lembrou sobre conquistas já efetivadas através da luta antimanicomial. “Com muita luta, nós conseguimos aprovar a Lei 10.216/2001, nomeada Lei Paulo Delgado, que trata dos direitos da pessoa com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Já avançamos muito, mas precisamos avançar ainda mais. A nossa luta é por políticas públicas, e que nunca mais nós tenhamos a privação de liberdade, a volta dos manicômios nesse país. Porque essa estratégia priva, adoece e mata as pessoas ao invés de tratar e fazer com que ela tenha vida plena”, complementou Sonia.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 86% da população brasileira sofre com algum transtorno mental, como a ansiedade e a depressão. O cenário se agrava ainda mais com a pandemia da covid-19. No primeiro ano da pandemia de covid-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou cerca 25%, ainda de acordo com estimativa da OMS.

por Priscila Viana — publicado 19/05/2023 10h46.

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